O mercado de crédito no Brasil está atravessando uma fase de modernização e profissionalização. De tecnologias avançadas a novas formas de relacionamento com o cliente, estamos vivendo um momento em que dados concretos apontam para um cenário mais eficiente, inclusivo e estratégico.
A seguir, veja 5 dados que mostram as principais tendências de crédito no Brasil 2025, com impacto direto sobre como empresas devem pensar suas políticas de concessão, análise de risco e gestão de inadimplência.
1. Crescimento projetado da carteira de crédito
Estudos recentes da Febraban apontam que o crescimento do crédito em 2025 deve ser em torno de 9%, com a carteira de crédito livre crescendo 8,3% e a direcionada, 9,7%. Esse ritmo reflete uma retomada sustentada da economia e maior confiança dos agentes financeiros.
Mais do que números, esse dado mostra que o mercado segue aquecido, com demanda consistente tanto no setor empresarial quanto no varejo. O acesso ao crédito, antes limitado a perfis mais tradicionais, agora começa a se expandir para um público mais diverso, incluindo autônomos, pequenos empreendedores e consumidores em busca de alternativas às grandes instituições financeiras.
Essa expansão abre espaço para que empresas especializadas se destaquem com soluções personalizadas e tecnologicamente mais eficazes. A tendência é que a evolução do crédito no Brasil continue em linha com a transformação digital e as demandas de um consumidor mais exigente.
2. Embedded finance em ascensão
O conceito de embedded finance (ou “finanças embutidas”) está se tornando realidade para varejistas, aplicativos, marketplaces e plataformas de serviços. Essas empresas estão oferecendo crédito digital diretamente em seus ambientes, integrando serviços financeiros à experiência do usuário.
A previsão é que o mercado global de embedded finance ultrapasse US$ 138 bilhões nos próximos anos. No Brasil, esse modelo está permitindo maior capilaridade e personalização nas ofertas de crédito.
Essa tendência também está alterando a forma como os consumidores interagem com o sistema financeiro. Ao acessar crédito dentro de plataformas conhecidas, o processo se torna mais fluido e intuitivo. Isso exige que os sistemas de análise de risco sejam integrados, rápidos e extremamente eficazes.
Empresas que atuam como intermediárias nesse modelo precisam garantir não apenas uma boa experiência de usuário, mas também segurança de dados, conformidade regulatória e boa performance em suas APIs e mecanismos de integração.
3. Inteligência artificial no crédito
A inteligência artificial no crédito não é mais promessa: é realidade. Ferramentas de IA estão sendo utilizadas em análise preditiva, concessão automatizada e gestão de risco. Isso permite maior velocidade, assertividade e personalização.
As soluções baseadas em análise preditiva ajudam a antecipar comportamento de pagamento, prevenir fraudes e ofertar condições mais adequadas para cada perfil de cliente.
Um dos ganhos mais significativos da IA no crédito é a inclusão de perfis que, antes, não seriam aprovados por modelos tradicionais. A IA permite avaliar fatores não convencionais, como comportamento online, recorrência de pagamentos indiretos, entre outros, e dessa forma, ampliar o acesso ao crédito de maneira responsável.
Também é importante lembrar que a IA contribui diretamente para a eficiência operacional, reduzindo o tempo de análise, diminuindo os erros humanos e elevando o nível de precisão das concessões.
4. Debêntures de infraestrutura como alternativa
Outro movimento interessante é a alta das debêntures de infraestrutura como opção de financiamento. Empresas estão buscando fontes alternativas de capital para manter liquidez e expandir operações.
As debêntures têm atraído tanto investidores quanto empresas por permitirem captação com incentivos fiscais e prazos mais longos. Em um ambiente onde o crédito bancário pode estar limitado ou com custo elevado, alternativas estruturadas se tornam um caminho estratégico.
Para empresas com foco em infraestrutura e expansão, essa modalidade ajuda a descentralizar a dependência do sistema bancário tradicional, aumentando a competitividade e a resiliência financeira.
5. Queda da inadimplência com foco em prevenção
Apesar da inadimplência continuar sendo uma preocupação central, estudos indicam que com uso de dados, educação financeira e renegociação digital, a inadimplência em 2025 pode ser reduzida.
Estratégias com foco em prevenção, análise comportamental e segmentação de risco são o caminho para tornar o mercado de crédito mais estável e previsível.
As empresas estão utilizando tecnologias para identificar padrões de comportamento que indicam possíveis dificuldades futuras, oferecendo soluções antes mesmo da ocorrência do atraso. Isso reduz drasticamente as taxas de inadimplência e melhora a relação entre credor e cliente.
A prevenção ativa, somada a processos de recuperação mais humanizados e centrados no usuário, fortalece a confiança no sistema e contribui para um ecossistema de crédito mais justo e equilibrado.
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